Em Viena nosso grupo aumentou. Nosso amigo Felipe Pavan juntou-se a nos. Essa foi a parte mais corrida da viagem, nao pelo fato de termos ficado pouco tempo, afinal, foram tres noites, o que eh razoavel. Mas a cidade tem muitos pontos para se visitar, e se voce pretender ver ao menos metade deles, vai ter que literalmente correr.
Viena tem um ar inegavelmente aristocratico. Capital do antigo imperio austro-hungaro, tem inumeros palacios, jardins e museus, cuja beleza e luxo eh indescritivel. Eh uma cidade mais cara que as do leste que ateh agora visitei tambem, mas a diferenca hoje nao eh mais tao grande como jah foi no passado, logo apos a queda do muro.
Apesar do ar aristocratico, hah sinais de rebeldia e de destoamento com essa impressao que Viena passa a primeira vista. Presenciamos um protesto (!) de estudantes que lutavam pela gratuidade do ensino superior (hoje devem pagar uma taxa de cerca de 300 euros por semestre). Havia um numero quase igual de policiais em volta.
Alem disso, vimos nitidos sinais de autoritarismo e preconceito na atuacao do aparelho estatal austriaco. Presenciamos abordagens selecionadas de pessoas de cor escura e com aparencia de imigrantes nas estacoes de trem. Vimos tambem um belo de um "esporro" passado por fiscais do metro em um cigano e seu filho que tocavam no nosso vagao, que nao faria feio perto da atuacao de soldados da SS nos campos de concentracao. Sao as contradicoes de um mundo globalizado que parecem ser cada vez mais frequentes. Resta saber qual serah a resultante de tudo isso.
Aproveitamos a proximidade com Bratislava, na Eslovaquia, para conhecer esta cidade, sobre a qual falarei mais no proximo "post".
8 comentários:
A história de Auschwitz está muito mal contada:
Holocausto Judeu - Contradições, 50 anos depois
O testemunho de um Prémio Nobel da Paz:
Durante os dez meses em que esteve internado no campo de concentração de Auschwitz, Wiesel não refere uma única vez a existência das cinco enormes câmaras de gás nem os gaseamentos de mais de um milhão de pessoas que aí tiveram lugar:
No livro autobiográfico [Noite], que supostamente descreve as suas experiências em Auschwitz e Buchenwald, Wiesel não menciona em parte alguma as câmaras de gás. Ele diz, realmente, que os Alemães executaram Judeus, mas... com fogo; atirando-os vivos para as chamas incandescentes, perante muitos olhos de deportados!
Mais AQUI
Márcio,
O grupo aumentou,agora vocês são 4.Deve estar sendo bem divertido!
Eu e seu pai gostamos muito de Viena,quando tivemos oportunidade de conhecer essa bela cidade.Os palácios são maravilhosos e os teatros também.Você provou os doces ,os chocolates e as tortas vienenses ?
Ah !!! Só de lembrar dá água na boca
Beijos meus e do seu pai .
Até o próximo relato!
Olá, irmão.
Não se espante com a semelhança entre a polícia austríaca e a SS. Lembre-se, afinal, em que país nasceu Hitler...
Falando sério, o desmantelamento do império austro-húngaro deixou um vazio moral que deu margem à ascensão de um racismo particularmente virulento, que culminou na adesão da Áustria ao Reich alemão, em 1938.
Hoje em dia a Áustria tem um dos principais partidos de extrema-direita da Europa e vira e mexe aparece algum líder político nacional com um passado nazista não-explicado. O mais famoso foi o Kurt Waldheim, que chegou a secretário-geral da ONU...
Por essas e outras é que fico com meus latino-americanos...
Abraços
Diogo, nao o conheco, mas as evidencias do envenamento por gas toxico sao muitas, tais como os varios quilos de cabelo humano encontrados em Auschwitz que contem vestigios do gas toxico utilizado, alem das incontaveis latas do mesmo gas encontradas. Nao obstante, hah ainda evidencias da existencia das proprias camaras de gas. Se nao bastasse, existem inumeros depoimentos que confirmam as existencias da camara. Abracos!
Oi, mae! O grupo estah otimo! Realmente a viagem fica bem melhor assim! Viena realmente eh uma cidade linda, a beleza eh surreal. Infelizmente nao provei os doces, mas eh apenas um pretexto para voltar lah novamente. rs Beijos e abracos para vc e para o pai!
Oi, Mauricio! Realmente, uma cidade que gerou o Hitler nao surpreende em gerar policiais truculentos. rs Agora saindo de Viena e indo para Budapeste, onde estou agora, eh um mundo completamente diferente, e, nesse e muitos outros pontos, bem mais "latino"! Abracao!
Incrível!
Estava dando uma olhada pela primeira vez no seu blog e reconheci na foto o Felipe Pavan, que já encontrei em outro mochilão pela Europa, mas especificamente em Madrid, em setembro de 2006. Tenho até foto com ele e o amigo dele (acho que era Carlos).
Manda um abraço para ele do colega da AGU André.
To escrevendo meu blog com histórias de viagem também: http://demochilao.blogspot.com
Marcio, muito divertido seus relatos de viagem, ainda que breves são bastante instrutivos e compromissados com os lugares que esteve a visitar. Acabei chegando a teu blog acidentalmente numa caçada a material ligado aos países bálticos, e muito me interessou a sua opinião brazuca sobre os aspectos sociais dessa trilogia Litu-Leto-Estonia do leste europeu que pretendo visitar em breve.
Relativo ao comentario do Diogo, recomendo a leitura em
http://www.observer.com/node/36768
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